20 fevereiro 2023

Banda Daki

A "Banda Daki" é um dos blocos de carnaval mais antigos de Juiz de Fora. 
Esse bloco era incentivado pelo "Zé Kodak", um empresário, dono de uma loja de revelação de fotos aqui de JF. 
Ao longo dos anos que tenho, lembro de ter ido nesse bloco umas duas vezes.
Uma vez quando criança e uma vez quando adolescente.

Do Carnaval eu gosto da alegria, das fantasias, da irreverência, das surpresas. 
Mas também gosto do descanso e do feriado emendado. 

Nesse ano combinamos de participar do carnaval da banda Daki em família.
Fomos eu, o esposo, minha irmã, o cunhado, minha sogra, minha tia... E sempre encontramos conhecidos na banda.

Mas, após 2 anos sem festa de carnaval, nesse ano a Banda Daki também estava diferente. 
Zé Kodak faleceu vítima do Covid 19 em fevereiro de 2021. 
O General da Banda não estava presente.

No local de onde a Banda sempre sai fizeram um monumento para homenageá-lo. 
Em vários momentos, durante as músicas, os shows, o animador convidava o público a aplaudir com as mãos para o céu, também em homenagem ao Zé Kodak. 




Lembro das angústias que eu vivia em meio à pandemia do Covid 19. 
Cada pessoa conhecida que morria era um aperto no coração. Um não entender nada do que estava acontecendo. Um desejo que fosse somente pesadelo. A morte do Zé Kodak foi um dia assim. 

Eu trabalhei durante muito tempo em uma secretaria que, dentre tantas demandas, recebia doações e encaminhava aos movimentos ou organizações responsáveis. 

Todo mês eu assinava um recibo de 30 cestas básicas doadas pelo Zé Kodak. Essas cestas eram encaminhadas aos Vicentinos (SSVP) e também encaminhadas para famílias específicas que o Mons. Falabella (padre responsável) indicava. 

Na sua loja, no centro da cidade, Zé Kodak atendia com sorriso e simpatia os clientes que iam revelar suas fotos ou adquirir algum produto de sua loja. E eu, várias vezes, encontrei o sorriso dele no balcão de sua loja. 

Nesse carnaval eu aplaudi muitas vezes o "General da Banda". Homem de coração fraterno e espírito solidário. Que movimentou o carnaval de Juiz de Fora por quase 50 anos. 


Até mais. 

16 fevereiro 2023

Memórias das férias.

 



Eu amo meu trabalho.

Já vivi crises e sofrimentos em alguns lugares que trabalhei.

Temo sair desse trabalho que tanto me realiza enquanto pessoa humana. Por isso todos os dias eu agradeço e valorizo.

Sou educadora e trabalho na elaboração de projetos que desenvolvem a formação humana dos estudantes.

No início desse semestre entrei em várias salas do Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Finais) para dar as boas vindas aos estudantes. O roteiro dessas visitas incluía uma partilha sobre uma recordação das férias.

Alguns estudantes gostam de falar outros não gostam. Normal.

Em cada sala de aula eu ficava encantada com as memórias, com as lembranças que as crianças e adolescentes partilharam. Vejam:

“Minha prima foi morar no exterior há 3 anos. Somos muito amigas. Por conta da pandemia ficamos muito tempo sem encontrar pessoalmente. Mas sempre nos comunicávamos por mensagens e vídeos. Nas minhas férias nos encontramos. Nos abraçamos. Foi o melhor abraço da minha vida.”

“Nasceu meu irmãozinho e pude pegá-lo no colo”.

“Faz uma semana que minha avó faleceu. Melhor memória das minhas férias foi o último abraço que pude dar nela”.

“Viajei com os meus avós”.

“Passei o réveillon na praia com minha família. Minha mãe teve que trabalhar muito para esse sonho acontecer”.

“Consegui andar de bicicleta”.

Isso é um pouco daquilo que faz sentido para eles e também faz sentido para mim.

E eu não podia deixar de fazer, mesmo que pra falar comigo mesmo, memórias sobre minhas férias. 

Tive tempo para ir em várias consultas médicas com minha mãe e também tomar um café com ela, numa cafeteria no centro de Juiz de Fora. Esse dia foi muito bom. Há 2 anos atrás ela estava doente e eu praticamente não acreditava que a vida dela ressurgiria. Então, cada momento de lazer, por mais simples que ele seja, é muito importante pra mim.

Também fui para a praia com meu esposo. Sorrimos, divertimos, falamos sobre a vida, brincamos na beira do mar.

E você? Me conte uma memória sobre suas férias...? 

01 fevereiro 2023

Todo mundo reclamando que janeiro não acaba.

 Na rede social Instagram muitas pessoas compartilharam uma "caixinha" citando que o mês de janeiro estava demorando para terminar... 

Percebo essa reclamação nas redes sociais e, às vezes, no convívio social não-virtual, com relação aos meses de 31 dias. rs. 

Agosto é a mesma coisa. 

Lembro disso porque agosto é o mês do meu aniversário, um mês lindo. E sempre tem alguém reclamando do mês. 


Você notou essa "brincadeira" sobre o mês de janeiro também?


Meu mês de janeiro foi intenso. Tive férias a metade do mês, mas os dias que eu trabalhei também foram muito bons.






Foi aniversário do Luís, meu esposo. 

Tive várias vivências relacionadas à publicação do meu livro. 

Saí com minha mãe nos meus dias de férias. 

Criei receitas com novos sabores de biscoitos. 

Encontrei com amigos... 


Tivemos questões graves a nível nacional. Sim. Estou assustada com isso até agora. 


Quando vejo essas "brincadeiras" lançadas nas redes sociais, como a "eternidade" do mês de janeiro, por exemplo, eu me pergunto: Eu concordo com isso? Ou estou apenas seguindo o bonde? 


Nesse caso, eu não concordei. Pra mim, janeiro fluiu bem. É um mês maior mesmo, como outros meses do ano. 


Sou a favor de pensarmos criticamente sobre as modinhas, influências e impactos das redes sociais em nós. 


E aí, como foi o seu mês de janeiro ?