22 dezembro 2011

17 dezembro 2011

Dias tristes

Os dias passam a ser mais frios e sombrios.

O que aquece o coração e disfarça a dor é saber que vivemos sem economizar cooperação e amor.

Ana Virgínia


...

Fico pensando se esse espaço será só para expor minhas dores e tristezas.

Tomara que não né!

Dor

Hoje a dor é gigante.
Muito mesmo.

Meu tio também foi morar com Deus.

Tô achando que Deus está precisando das pessoas boas junto Dele.

Fomos pegos de surpresa.

Um dia programamos tantos planos, tantos sonhos e no outro dia já não estavas entre nós.

Como assim?

São coisas que não conseguimos entender. Até tentamos entender. Temos a incrível vontade de querer entender tudo o que acontece.

Mas somos limitados. Algumas vezes esquecemos disso.

Fico com a inspiração de Lispector "Viver ultrapassa qualquer entendimento".

Resta-nos continuar a vida... superando as tristezas, tentando lidar com as dores nossas de cada dia.

Saudade...




E a saudade é um lugar que só chega quem amou...

E o ódio é uma forma tão estranha de amar...

(Contrários - Pe. Fábio de Melo)

24 novembro 2011

Apresentação de Monografia

Há exatamente um ano, em 24 de novembro de 2010, apresentava a monografia de minha graduação.

Naquele dia eu tive vontade de que meus pais estivessem lá comigo, na hora da apresentação.

Não era possível... meu pai já não estava bem. A doença foi rápida e traiçoeira.

Mesmo assim foi um dia vitorioso.

Minha irmã, meu namorado e os amigos da faculdade estavam lá comigo.

Saí da faculdade com uma vontade imensa de chegar em casa e celebrar com meus pais.

Foi um dez com louvor e indicação para publicação.

Meu pai sorriu pra mim, ficou feliz com o meu sucesso, com o resultado de meu esforço.

Lembrei disso hoje, com muita saudade dele.

10 novembro 2011

Eu conversava com um amigo sobre as atitudes dele em relação a algumas situações. Falávamos de situações simples, as quais  somos chamados a agir honestamente, ser verdadeiros e educados. Sempre pensei e desejei que as pessoas fossem assim.

Ele me disse que minha ingenuidade não me permitia ver a vida como ela é, mas um dia eu iria aprender. “A própria vida ensina a gente” ele dizia.

Hoje percebo que ele tem razão.

Talvez eu esteja deixando de ser “bobinha” (dessa forma meu pai também falava de mim).

Acontecem metamorfoses em nossas vidas. Tornamos-nos outra pessoa, com pensamentos e ações diferentes daqueles que tínhamos em outros tempos.

Daí,  encontramos uma pessoa que não convive conosco há mais tempo e ela diz:

- Nossa, você não era assim!

Cabe-me responder:

- Ah, é verdade... A vida tem me ensinado muita coisa e com isso vamos mudando.

27 outubro 2011

Cócegas nos pés

 A saudade está em todos os momentos desde que ele partiu.

Algumas vezes ela é mais forte e mais doída.

Assim foi hoje.

Senti falta disso:

Ao amanhecer, José se achegava devagar, em silêncio, levantava um pedaço da coberta que nos cobria e fazia cócegas em nossos pés.

Era muito bom.

Ainda na cama sentia o cheirinho do café que ele fazia.

Nesses dias levantava mais feliz.

08 outubro 2011

Obscenidades de uma dona de casa.

Obscenidades de uma dona de casa é um texto de Inácio de Loyola Brandão que foi motivo de demissão de um professor de literatura na cidade de São João Nepomuceno-MG.

Veja a notícia aqui:




Devido a repercussão deste caso, conversamos sobre isso em sala de aula, juntamente com outro profissionais da área educacional: professores e pedagogos.

Nossa atividade não foi julgar se a escola fez certo ou errado em demitir o professor, mas sim dizer se nós levaríamos este texto para uma turma do Ensino Médio.

Em nossa conversa, citamos o seguinte:

1 - É necessário preparar os alunos antes de levar um texto com este vocabulário. De acordo com a reação deles, podemos decidir levar ou não levar o texto. 

2 - Devemos levar em conta a religiosidade dos alunos. Alguns podem sentir constrangimento ao escutar palavras e expressões eróticas contidas no texto. Embora a escola seja uma instituição laica cada aluno tem a sua religiosidade e uma maneira de vivê-la.

3 - Observamos também uma contradição. Sabemos que os alunos do Ensino Médio não são ingênuos ao ponto de nunca terem escutado as expressões contidas neste conto. Então porque se espantam quando são lidas em sala de aula?

4 - O importante é ler e analisar o conteúdo literário do texto e não ficar focado no vocabulário. 

5 - O que percebemos neste texto é a repressão da mulher. Ela deseja e reprime.

6 - Comentário sobre o conto.

Podemos considerar que o conto é uma metáfora da realidade. A mulher, uma dona de casa com marido e filhos, se sente tolhida e se auto-censura, escondendo em cartas que manda para si os seus desejos sexuais.

O conto, assim como a realidade, mostra uma pessoa tolhida pela sociedade e pela imposição de ter que corresponder às expectativas alheias, que ninguém sabe como e porquê surgiram e se impuseram sobre nós.

Porque esconder seus desejos secretos? Porque enviar cartas a si mesma como forma expor esses desejos somente para si?

13 agosto 2011

Dia dos pais


Ao ver um cartão de dia dos pais, geralmente, observamos uma imagem como esta que postei.
Uma imagem com a mão de um homem forte (um pai) - esta mão demonstra proteção, cuidado, carinho.
A outra mão é a mão de uma criança (um filho) - esta é mais delicada, pequena, frágil.

Durante 25 anos de minha vida pude viver isso.
Tive um pai exatamente desse jeito - protetor, cuidadoso, carinhoso.
Como isso faz bem para uma pessoa! Ter um pai como eu tive o meu pai.
Um pai presente. 
Presente que é dádiva e também presente que permanece (sempre presente).

Não falo de sua ausência com tristeza ou angústia.
Essa ausência é saudade.

Fico feliz pois ele soube tudo o que representa para nós quando estava aqui conosco.
Não falo isso só pelo falto dele não estar mais aqui.
Ele escutou não só da família, mas de pessoas de fora dela, sobre o seu exemplo de homem, esposo, pai, amigo.

Saudades do José!


Dia dos pais

Pois é.
Hoje era dia de programar onde seria o almoço amanhã, dia dos pais.
Nada programado!
Na verdade penso o que irei fazer.
Vou à missa, orar, chorar... alguma coisa assim.
Partiu em fevereiro deste ano. E este é o primeiro Dia dos Pais sem ele.
Não é fácil a ausência do José.
Quem vou abraçar?

Meio sem saber o que fazer, criei este blog, para expressar, contar histórias, talvez alguém queira ler.

Sou a filha de José.