Papel Manteiga para embrulhar segredos
Palavras, ingredientes, tempero, amor.
É assim que se resume a obra de Cristiane Lisbôa (que não sabe cozinhar) e de Tatiana Dambert (gastrônoma).
Antônia se comunica com sua bisavó por meio de cartas enquanto está isolada no alto de uma montanha em um curso de culinária. Virgínia é a instrutora deste curso. É proprietária de um restaurante que aceita apenas quatro clientes por noite e os clientes não tem direito de escolher o que vai comer. Comem o que ela servir naquele dia.
É proibido escrever as receitas e Antônia as escreve em papel manteiga.
A formação do livro se dá com os escritos do cotidiano de Antônia (seus afazeres e experiências com a senhorita Virgínia), intercalando deliciosas receitas.
A leitura é agradável demais e permite que o leitor sorria almas vezes.
É encantador o amor presente em cada receita. É amor em forma de beijo, flores, gentilezas.
Após a sequencia de carta para a Bisa + receita, Antônia cita as lembranças de Virgínia, onde escreve digas e gentilezas da dona do restaurante.
Interessante observar o título da obra: PAPEL MANTEIGA PARA EMBRULHAR SEGREDOS.
Papel manteiga é transparente, penso que não seria o ideal para guardar segredos, por isso eles não são guardados.
A dona do restaurante é minha chará.
Virgínia...
Não sei se vocês se comparam com personagens com o mesmo nome... eu me comparei.
Mas não temos muitas coisas em comum. Eu e a cozinha não somos tão íntimas assim.